Eu me preocupo com a forma como as pessoas deixam de ouvir as outras para ficarem concentradas apenas em seu próprio pensamento. Estava ouvindo o Podcast do ResumoCast essa semana e o livro abordado foi: Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas - Dale Carnegie. Achei interessante pela forma como o bate-papo começou, sobre o que o autor diz: Eu gosto de morangos com cremes, mas quando vou pescar, levo minhocas, porque EU gosto de morango com creme, mas os peixes gostam de minhocas.
Sim, foi repetitivo assim e acredito que justamente por isso despertou tanto a minha intenção. Eu sou, sempre fui e espero sempre ser, o tipo de pessoa que escuta o que os outros tem a falar, mas já tive que lidar com uma enormidade de pessoas que pareciam não prestar atenção ao que eu tinha a dizer, ou simplesmente falavam outra coisa totalmente diferente daquela que eu tinha comentado, demonstrando a total falta de interesse em me ouvir, com isso aprendi a falar menos, a ouvir e prestar mais atenção. O que o outro tem a dizer sempre será mais importante do que o que ele precisa ouvir, respeite isso.
Sempre quis alguém alguém que me ouvisse. Não as bobagens que falo de vez em sempre. Mas o que minha alma não sabe dizer. Que fizesse esforço para captar tudo que não sai da minha boca.
- Clarissa Corrêa
Assistindo à Stranger Things pude novamente constatar minha teoria de que ficar calada, poderia ser o melhor. Jonathan é o mais excluído da turma, mas ele tem o seu diferencial, tira fotos para marcar momentos e saber sobre as pessoas, porque na maioria das vezes elas não dizem o que sentem ou o que pensam. com isso, ele acaba conhecendo mais as pessoas, do que talvez elas mesmas. Meu segundo momento de iluminação, se é que posso chamar assim, foi quando escutei no ResumoCast que, basicamente, as pessoas não vencem discussões, criam inimigos, então, a melhor maneira de se ganhar uma discussão, é evitando-a.
As pessoas são diferentes, tem vontades, desejos, objetivos, assuntos, problemas, intenções e todas as outras coisas de uma forma muito particular e isso mexe com elas, muitas vezes mais profundamente do que deixam transparecer. Seja o tipo de pessoa que escuta, que se põe no lugar do outro, que realmente se interessa pelo que ele tem a dizer.
Muitas vezes pensei que eu deveria ter feito psicologia, ao invés de publicidade e propaganda. Sempre achei incrível a forma como as pessoas sempre param para falar comigo, como se abrem, contam sobre seus problemas, mesmo sem me conhecer há muito tempo, mas depois de alguns anos passando por isso, percebi que minha profissão não determinaria se eu poderia ajudar mais ou menos, mas a forma como eu reagiria ao que me diziam, isso sim, faria toda a diferença para elas. Eu estive ali para ouvi-las e, ao contrário do que podem pensar, isso só me faz bem, saber que estou ajudando alguém simplesmente por existir, por estar ali, por se importar.
Experimentem essa sensação, percebam como as pessoas se sentem importantes quando você as dá a devida atenção, se interesse pelo outro, seja um bom ouvinte, seja um ombro amigo, seja o que elas precisam naquele momento. Após ouvi-las, provavelmente sentirá como se tivesse desabafado também, ou então verá que seus problemas não são tão grandes assim e passará a ser uma pessoa mais agradecida. A forma como vê o mundo, muda tudo.
Viva cada dia como se fosse o último, respeite o próximo, não deseje o mal. Sabia que aquela pessoa pode não estar mais ali quando amanhecer o dia?
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